janeiro 31, 2009

Será possível ultrapassar a barreira do som debaixo de água?

Em teoria sim mas, por agora, a façanha é impraticável. O som, que na atmosfera se propaga a 340 metros por segundo (1200 quilómetros por hora), viaja muito mais depressa na água. Isto deve-se ao facto das ondas sonoras se transmitirem graças às vibrações das particulas no meio, que num líquido interagem entre si com mais frequência do que num gás.
A velocidade do som no mar é de 1500 m/s (5400 km/h), o que ultrapassa em 5000 km/h os míssies mais velozes.
Quando um objecto se desloca muito rapidamente através da água, formam-se em torno dele bolhas de gás que implodem (voltam subitamente ao estado líquido) com grande velocidade. Este fenómeno denominado por "cavitação" é um problema que a engenharia naval tenta evitar, uma vez que danifica e destrói as hélices e os lemes dos barcos. Um submarino supersónico não escaparia aos efeitos da cavitação, e por isso o record de velocidade debaixo de água cabe a um torpedo russo que alcançou 400 km/h. Para consegui-lo, a cabeça do aparelho gerava um gás que o rodeava como um escudo de protecção.

A grande ilha de plástico


Chamam-lhe "vórtex de lixo" e é formado por vários remoinhos de plásticos que giram no Oceano Pacífico, entre o Japão e os Estados Unidos, numa extensão de 3,4 milhões de quilómetros quadrados. Nele, as tartarugas podem ter forma de guitarra, porque cresceram com uma argola de garrafa no ventre, e os albatrozes morrem ao ingerir por engano overdoses de polímeros. Golfinhos, baleias e outros animais correm riscos idênticos.


Os detritos, provenientes das costas ou dos barcos, são arrastados pelas correntes marinhas, que formam gigantescos remoinhos e criam tapetes de plástico seis vezes mais espessos do que o plâncton marinho, com vários metros de profundidade. Os convénios internacionais, como o Marpol, não estão a ser respeitados. A solução é produzir menos resíduos e biodegradáveis.


Animação explicativa aqui.